Perttu Pölönen, futurista e cofundador da 360ed, ONG que cria aplicativos educacionais de Realidade Aumentada, argumenta que um dos impactos das novas tecnologias foi que as pessoas se tornaram cada vez menos dependentes das instituições educacionais tradicionais.
A questão-chave que ele coloca é: o que instituições de educação, universidades e organizações podem oferecer que as pessoas não conseguem acessar pela internet?
Pölönen reconhece que a aprendizagem remota pode ser excelente em certos contextos, mas nem sempre é adequada a todas as situações de aprendizagem. Além disso, aprender habilidades como empatia ou coragem pode ser difícil via online. “Como seria um teste de paciência?”, questiona.
Pölönen afirma que, por muito tempo, avaliar habilidades significava a comparação com outras pessoas. O valor de alguém era baseado em se fez pior ou melhor do que o resto. Para ele, com habilidades futuras “mais suaves”, isso não funciona mais – é preciso criar algo diferente. “Há coisas que as máquinas não podem tirar de nós, como filosofia e arte. E parece-me que as coisas que nos separam das máquinas são também as coisas que nos fazem felizes”, diz.
O especialista lembra que habilidades como adaptabilidade, pensamento abstrato, interdisciplinaridade ou imaginação sempre serão necessárias. Elas é que formam uma base sólida para a aprendizagem ao longo da vida.
Fonte: ELM