A análise de dados de talentos (talent analytics) é sem dúvida uma área empolgante do RH. A expectativa atual é que a tecnologia possa gerar excelentes insights sobre o capital humano, ajudando a solucionar muitas questões com mais eficiência. Seu potencial inclui melhorar a qualidade dos dados, centralizar as informações e inspirar a ação de quem toma as decisões estratégicas.
Mas qual tecnologia funciona melhor para gerar insights de capital humano?
O mercado vem criando produtos notáveis, reduzindo muito o trabalho manual e o tempo necessário para gerar relatórios. O ponto é que, muitas vezes, a tecnologia não esclarece como líderes devem aplicar os insights de talento gerados, diminuindo a confiança que eles têm na análise desses dados.
De acordo com Molly Tipps, da Gartner, para maximizar o valor dos investimentos em tecnologia, a recomendação é: desde o início ter um foco absoluto nas prioridades do usuário final (leia-se, líder). Quais problemas relativos à capacitação a empresa está tentando resolver? Quais as oportunidades perdidas? Que mudanças demandam informações atualizadas para que essas tecnologias ajudem a impactar questões de talento?
Ou seja, é preciso começar identificando aquilo em que o insight de talento pode ter o maior impacto e, em seguida, retroceder para a solução de tecnologia que oferece suporte a isso.
Para isso, é importante melhorar as perguntas que se faz. Por exemplo, em vez de: “Qual é a melhor tecnologia para construir um inventário de habilidades?”. Pergunte: “O que é difícil para os líderes lidarem quando se trata de habilidades atuais e futuras?”.
Em suma, uma abordagem centrada nas dores do líder é mais útil para redefinir o papel que a tecnologia pode e deve desempenhar em uma análise de talentos de impacto. Assim, o valor das novas tecnologias deve ser entendido não pelo número de usuários ou volume de relatórios gerados, mas pela forma como elas aliviam os pontos problemáticos e informam o líder como ele deve tomar decisões importantes e agir.
Fonte: HR Leaders Monthly