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15 de May

Biohacking, Silver Learning e o que mais está em alta sobre saúde e educação na terceira idade

escrito por:

teya ecossistema

Até 2050, 1/6 da população mundial terá mais de 65 anos (ONU). Para incluir desde já esse pessoal nessa conversa, mapeamos as principais tendências de comportamento e aprendizagem para quem é 60+ 
Da coleção de aprendizados do nosso ecossistema no SXSW Edu e SXSW 2023. 
 
E se eu te disser que ao final desse texto você estará 5 minutos mais velho? Ou terá vivido aproximadamente 0,0005% da sua vida?  

Deixando o tom alarmista um pouco de lado, essa urgência é também proposital para mostrar o quão pouco falamos sobre envelhecimento. 
 
A população mundial está envelhecendo. Isso é fato. 
Com o Relatório The World Population Prospects 2019, a Organização das Nações Unidas direciona possíveis causas para esse movimento: o aumento da expectativa de vida e a queda dos níveis de fertilidade. Aqui no Brasil, esse é também o nosso novo perfil populacional: as pessoas estão vivendo mais e tendo cada vez menos filhos em seus planos. Assim, nos deparamos com um novo universo econômico, político e social para mulheres e homens que estão chegando ou ultrapassaram os 60 anos.  Mas essas pessoas mais velhas estão de fato sendo incluídas no mercado de trabalho?  

E, se fazem parte, de quais formas suas características e experiências são levadas em consideração na posição que ocupam ou as empresas apenas esperam que se aposentem para serem substituídas? 
Podemos dizer que a terceira idade está participando das jornadas de aprendizagem ou sendo deixada para trás também na educação 

Aliás, quais outros assuntos além de economia e aprendizagem também esbarram na inclusão de pessoas mais velhas? Bem-estar, saúde física e mental, política, sexualidade, lazer, hobbies... Pensar sobre terceira idade é entender como todos esses temas estão acompanhando as mudanças geracionais e seus novos contextos. A começar pelos assuntos que impactam diretamente nossa rede.
 
Hackeando o corpo: biohacking para envelhecer de forma saudável 
Em estudo apresentado no SXSW Edu 2023, estima-se que menos de 10% da expectativa de vida hoje se dá por causa da genética. Os demais fatores que incidem estão diretamente ligados à rotina e contexto da pessoa. Não à toa, embora a população mundial esteja realmente envelhecendo, ainda existem diferenças consideráveis nessa balança etária. Isso explica por que a expectativa de vida em Hong Kong é de 81 anos, enquanto nos Estados Unidos não ultrapassa 74. Manter uma alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares, não fumar e dormir adequadamente representa ações já conhecidas de um estilo de vida mais saudável. Mas o que mais tem sido pesquisado de inovador para a nova terceira idade?  

É aí que entra a pesquisa de biohacking, tendência que busca “hackear” o ato de envelhecer. Com ela, é possível conhecer o corpo humano e otimizar o seu funcionamento através de pesquisa e tecnologia. Esse é um dos aprendizados da palestra Beyond Biohacking: Making Healthy Aging Accessible (de Melanie Goldey, Adiv Johnson e Sean Lynch), que reconhece a ciência do envelhecimento e expande suas práticas para o grande público. Ao caminhar pelo tema, o biohacking se mostra bastante promissor: embora não dê para voltar nosso relógio biológico, o trabalho que os pesquisadores fazem hoje busca tornar o envelhecimento mais saudável acessível a todos. 
 
Silver Learning na real: como continuar aprendendo depois dos 60? 
A tendência do silver learning diz respeito à aprendizagem da melhor idade (ou ‘cabeças brancas’, se quiser traduzir assim). O mesmo vale para silver economy e outras macrotendências que seguem a mesma linha de raciocínio. Uma vez constatada o envelhecimento da população ativa, a pergunta segue a mesma: como continuar aprendendo depois dos 60? 
 
Se você conhece o nosso ecossistema, provavelmente life long learners já passou na sua cabeça a essa altura do texto. Pra quem ainda está se familiarizando com o termo, life long learnes são aprendizes de um vida inteira, pessoas ou empresas que enxergam o poder da aprendizagem e entendem que ela não é finita – muito pelo contrário. 

Já trocamos o “penso, logo existo” para “penso, logo aprendo”. E por que não, “não importa a idade, continuarei aprendendo”?  

O que cabe a nós é mapear, produzir e criar possibilidades que acompanhem a aprendizagem em todas as idades. É respeitar e valorizar as experiências diversas, afinal, a as diferenças geracionais já fazem parte do dia a dia corporativo.   Bibliografia ONU News - Perspectivas Globais Reportagens Humanas, estudo do Departamento Para Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas